A realização de Grandes Projetos (Grandes Obras) tem sido uma das ambições dos povos ao longo dos séculos, quer como referência simbólica (casos das Pirâmides do Egito), quer com objetivo utilitário (casos das pontes sobre os grandes rios), ou ainda para renovação urbanística das grandes cidades. No território atualmente Português foram assim construídas ao longo dos últimos dois milénios Grandes Obras, com caraterísticas próprias, em resultado de vários fatores, tais como, o contexto político da época, os objetivos a atingir, as tecnologias disponíveis, ou o “modelo de financiamento” da sua construção. Podem assim ser hoje admiradas em Portugal imponentes construções em alvenaria, desde as pontes romanas às arcarias do Renascimento, as grandes pontes em aço do “Fontismo” e as Grandes Obras do Estado Novo e do período Pós-1974, como a Ponte 25 de Abril ou a Ponte Vasco da Gama.
No início dos anos 2000 o país abalançou-se a novos desafios, os chamados “Grandes Projetos”: um Novo Aeroporto de Lisboa, uma rede de Alta Velocidade (o TGV) e uma Nova Travessia do Tejo. Contudo, com indecisões e projetos mal estudados, o tempo foi passando, acabando por nada ser feito. Pior, o país quase entrou em bancarrota, teve que pedir ajuda externa, encontrando-se agora numa situação difícil para a realização de novas grandes obras.
Apresentam-se neste livro as propostas do Autor para os novos Grandes Projetos a realizar no país no futuro próximo, no âmbito do PNI2030 (Plano Nacional de Investimentos), as quais, apesar da frágil situação economico-financeira, permitem dar resposta aos constrangimentos atuais e às necessidades durante as próximas décadas.