Com efeito, durante o longo reinado de D. João V, reconhecem-se três cardeais nacionais: D. Nuno da Cunha de Ataíde (1664-1750), D. José Pereira de Lacerda (1661-1738) e D. João da Mota e Silva (1685-1747). Destes três, os dois primeiros viajaram até Itália, tendo permanecido na cidade pontifícia durante algum tempo, onde se empenharam em deixar marcas que se revelassem significativas para os contemporâneos e memoráveis para os vindouros, em termos culturais e artísticos. D. Nuno da Cunha viajou igualmente até Paris. Quanto a D. João da Mota e Silva, a ausência de uma deslocação a Itália na sua vida foi compensada pela presença de seu irmão, Pedro da Mota e Silva, na cidade pontifícia. Também os cardeais patriarcas de Lisboa do reinado do Magnânimo – D. Tomás de Almeida (1670-1754) e D. José Manuel de Távora ou da Câmara (1685-1758) – evidenciaram, por meio das obras que promoveram ou das aquisições de obras de arte que efectuaram, ou ainda pelos presentes que receberam, o seu interesse e aptidão pelo consumo de arte em geral e italiana em particular. Neste estudo da Autoria de Teresa Leonor Vale interessa-nos apresentar e discutir essencialmente duas problemáticas, intimamente relacionadas entre si no contexto que elegemos. Assim, interessa-nos antes de mais abordar, como no título se indica, as estratégias e práticas de mecenato artístico dos cinco cardeais (três nacionais e dois patriarcas) do reinado de D. João V. A segunda problemática que nos importa discutir, no âmbito desta investigação, decorre da primeira, ou seja, interessa-nos compreender em que medida as aquisições de obras de arte destes homens se consubstanciam em colecções.
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Da Igreja e do Palácio
O preço original era: €22.00.€15.00O preço atual é: €15.00. (IVA incluído)
Autora: Teresa Leonor M. Vale